quinta-feira, 22 de julho de 2010

E assim termina mais uma história...

Essa semana o Brasil inteiro assistiu (em cada detalhe) a morte do filho da atriz e apresentadora Cissa Guimaraes. O menino de 18 anos que se chamava Rafael, morreu atropelado enquanto andava de skate em um túnel desativado por um carro que participava de um "racha" no Rio de Janeiro.
Li muitas notícias, vi inúmeras fotos, entrevistas, crônicas na TV sobre esse assunto (que chocou o Brasil e a mim principalmente, de uma forma muito próxima, pois apesar de ser mais velha que Rafael, ele tb era jovem como eu, cheio de sonhos e planos a realizar) e há quem coloque a culpa nas autoridades, quem questione a fiscalizaçao na área, e quem traga a tona novamente a questao dos "rachas"; mas o que mais me chamou atençao (além da enorme quantidade de artistas e gente famosa de todos os nichos - atores, jornalistas, apresentadores, músicos, etc. - que compareceram ao velório e cremaçao do rapaz, o que prova o quanto Cissa é querida) foi uma declaraçao do irmao mais velho de Rafael, que dizia que nao eximia o irmao de parte da culpa por sua morte, pois ele nao devia estar ali, naquele túnel desativado, aquela hora da madrugada... No primeiro momento soa estranha a declaraçao de alguém que acabou de perder um ente tao próximo, de uma forma tao brutal, mas depois de alguns segundos as ideias clareiam.
Thomaz, o filho em questao, está certo. Mesmo com toda essa confusao e essa avalanche de sentimentos ruins e dolorosos ele conseguiu fazer uma análise racional. Culpar os outros e todo mundo é muito mais fácil, até mais prático (mas nao trará o menino de volta), só que a história nao é bem assim. Ele estava em um lugar proibido, em um horário pouco feliz, onde todos dormem, inclusive os policias! Nao sou louca de dizer que o menino "pediu pra morrer" ou que "fez por merecer"! Claro que nao! Duvido muito que ele tenha calculado os riscos que corria, mas a verdade é que, queiramos ou nao, somos reféns da nossa própria vida frágil. Toda e qualquer atitude tem consequências e oferece riscos. A avaliaçao se aquilo vale ou nao a pena tem que ser feita rapidamente e de forma consciente. Andar de skate de madrugada em túnel abandonado? Acho que nao... talvez outro dia...
Que Deus console o coraçao dessa pobre mae, que neste momento faz o curso inverso da vida, onde os pais sepultam seus filhos...

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